Magistrada sugere que os PADs sejam analisados pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
A desembargadora Sílvia Zarif, durante sessão do Pleno do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), desabafou sobre o processo de votação para abertura de processos administrativos disciplinares (PADs) contra o juiz Sérgio Humberto de Quadros Sampaio, alvo da Operação Faroeste, deflagrada em 2019, pela Polícia Federal (PF), a fim de investigar a venda de sentenças no oeste baiano.
Para a magistrada, que é relatora de PADs, os processos devem ser encaminhados ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ). “Se o Tribunal da Bahia não tem competência de julgar os colegas do 1º Grau, que se mande tudo para o CNJ. Se não temos condições de julgar processos contra juízes que envolvem o oeste da Bahia, vamos ter que mandar tudo para o CNJ. É só um desabafo que que eu gostaria de fazer”, disse.
Na oportunidade, a desembargadora chegou a solicitar uma reunião com o presidente do TJBA, desembargador Nilson Castelo Branco, e demais membros da Corte baiana para discutir a questão. “Essas suspeições têm gerado muitos problemas. […] Infelizmente, estou sendo vítima dessa questão. Não se justifica que os colegas do oeste, no 1º e 2º Grau, declarem suspeições reiteradamente. […] Eu estou com inúmeros processos e não é possível que se continue dessa forma”, afirmou a desembargadora.
O processo aponta suspeição de dez desembargadores investigados através da Operação, entre eles estão, José Alfredo Cerqueira Silva, Aracy Lima Borges, Aliomar Silva Britto, Heloísa Pinto de Freitas Graddi, Dinalva Gomes Laranjeira Pimentel, Lisbete Maria Teixeira Almeida Cézar Santos, Lidivaldo Reaiche Raimundo Britto, Maria do Socorro Habib e Maria Helena Regina e Silva.