De acordo com a presidente estadual do partido, o intuito da legenda é definir “uma estratégia política essencial para derrotar o candidato que nós vamos enfrentar”
A pouco mais de um ano para o início da corrida eleitoral de 2024, o PSB contou com uma reviravolta após o anúncio da desistência do presidente da Companhia Estadual de Desenvolvimento Urbano (Conder)m José Trindade, do páreo das escolhas do Conselho Político do governador Jerônimo Rodrigues (PT). Ainda assim, a sigla continua sem bater o martelo em torno de um nome capaz de disputar a pretensa reeleição de Bruno Reis (UB). Segundo a chefe estadual da sigla, deputada federal Lídice da Mata, o partido intenciona discutir, inicialmente, um programa de governo para a capital baiana antes de lançar o possível pré-candidato.
“O partido sempre esteve discutindo um programa de governo pra cidade. Nós achamos que isso é o centro da nossa estratégia de debate com Salvador. […]. Sempre tivemos o nome de três pessoas que estão sendo debatidas no partido como possíveis candidatos ou não. Que é o nome de [vereador] Sílvio Humberto, foi o de José [Trindade] e é o meu”, frisou na manhã desta segunda-feira (11), acompanhando o governador no ato de entrega de viaturas, na capital baiana.
Nesta manhã, contudo, a presidente do PSB deu indícios de que a sigla pode não lançar nenhum nome para concorrer ao Palácio Thomé de Souza no pleito eleitoral do ano que vem. De acordo com Lídice, a decisão da legenda sobre um nome socialista passa pela definição de uma estratégia eficaz para derrotar o adversário nas urnas eletrônicas, que deve surgir em consenso com o governo.
“Porque eu digo que pra ser candidato ou não? Porque pra nós a estratégia política essencial é decidir como nós podemos derrotar o candidato que nós vamos enfrentar. Tanto isso fará com que o PSB discuta com o governo se a estratégia será ter diversas candidaturas, se a estratégia será ser uma candidatura única, porque as candidaturas únicas elas reservam um esforço maior, porque elas precisam de construir unidades antes de serem apresentadas e isso necessita de algum tempo”, pontuou a parlamentar.
Questionada se a desistência de Trindade pode causar pulverização nas candidaturas, assim como em 2020, a deputada federal foi enfática: “não sei”. Conforme a parlamentar, naquele ano, os diversos nomes lançados pelos partidos aliados ao PT foi “programada” devido as dificuldades de viabilidade eleitoral. No entanto, ela acredita que será mantida a candidatura única.
“Em 2020, essa fragmentação foi programada, foi pensada que era a melhor estratégia, ou pelo menos foi indicada pelas dificuldades que tínhamos nacionais, de autorização de partidos nacionalmente de conseguir viabilizar uma candidatura única”, disse. “Acho que já temos um início de caminho de conversa, na medida em que possamos ter pontos que definam a unidade como se dará, de que maneira se dará, com que objetivo, com que programa, talvez possamos construir uma uma candidatura única”, acrescentou.