As acusações envolvem crimes de uso de informação privilegiada, manipulação de mercado, associação criminosa, entre outros
O ex-CEO da Americanas, Miguel Gutierrez, foi preso nesta sexta-feira (28) em Madri pela polícia espanhola. Alvo de mandado de prisão preventiva na última quinta, com a deflagração da Operação Disclosure, da Polícia Federal, ele teve seu nome incluído na lista vermelha de procurados pela Interpol após o mandado não ser cumprido uma vez que o ex-CEO estava fora do país.
Segundo matéria da InfoMoney, Gutierrez teria se desfeito de bens como imóveis e veículos e enviado o dinheiro ao exterior, em offshores sediadas em paraísos fiscais, antes de sair do país, apontam informações da Polícia Federal. Uma das transações teria envolvido o envio de US$ 1,5 milhão para uma empresa sediada em Nassau, nas Bahamas.
As acusações contra o ex-CEO da Americanas envolvem crimes de uso de informação privilegiada, manipulação de mercado e associação criminosa, lavagem de dinheiro, esta ainda em curso devido a “ocultação patrimonial” ao tirar o dinheiro do país. O destino de Gutierrez segue indefinido, se será enviado ao Brasil ou se ficará preso na Espanha, uma vez que o país não extradita seus cidadãos.
Ontem, a defesa de Gutierrez se manifestou e disse que não teve acesso aos autos das medidas cautelares deferidas nesta data e por isso não tem o que comentar.
“Miguel reitera que jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios”, apontou a nota, enviada ao InfoMoney.