Projeto que estende Carnaval para Boca do Rio deve ser votado na Câmara nesta quarta-feira (12)

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Autor da proposta diz que a medida é uma ‘solicitação que vem do povo’ e defende que a mudança ‘beneficiará a todos’; projeto enfrenta resistência dos moradores

Após parecer favorável na Comissão de Constituição e Justiça e Redação Final, a Câmara Municipal de Salvador (CMS) deve votar, na tarde desta quarta-feira (12), uma proposta que prevê a criação de um novo circuito oficial de Carnaval na capital baiana, que se estende da orla da Boca do Rio até Patamares.

Conforme publicação no Diário Oficial do Município, a votação do projeto de indicação Nº 47/23, de autoria do vereador Antonio Carolino (Podemos), consta na ordem do dia. A proposta em questão prevê também que o novo circuito da festa seja batizado de Circuito Moraes Moreira, em homenagem ao músico baiano morto em 2020.

Desde que foi aventada a possibilidade de estender o Carnaval para a orla da Boca do Rio, em 2022, o tema tem enfrentado resistência por parte de moradores da região. Diante da polêmica, a prefeitura engavetou o projeto, mas não descartou a implementação futura.

“Não tenho dúvidas de que, para o futuro, quem vier a ser prefeito vai ter que ter essa capacidade de identificar novas áreas na cidade ou até uma outra área para oferecer um circuito melhor”, afirmou o prefeito Bruno Reis (União Brasil), em fevereiro deste ano.

Em maio, o secretário de Cultura e Turismo, Pedro Tourinho, afirmou que não há motivos que justifiquem a mudança e disse que ela “não está no horizonte” da gestão municipal. “Não tem porquê ir para outro circuito agora. Esta é a minha opinião como secretário. E também não vejo na prefeitura, outras conversas, desde que entrei, neste sentido de ir para outro lugar”, pontuou.

Apesar da polêmica em torno da matéria, o autor do projeto de indicação diz que se trata de “uma solicitação que vem do povo e se implantado beneficiará a todos”. “E justamente para evitar a saturação da maior festa a céu aberto do planeta é que novas alternativas devem ser pensadas e colocadas em prática já, para ontem”, argumentou Carolino.

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