Bruno Reis ainda afirmou, que não defendeu que Jerônimo Rodrigues implementasse uma intervenção militar
Desafiado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), a comprovar quem faz funcionar a educação fundamental I e II e a atenção básica na saúde em Salvador, o prefeito Bruno Reis (UB), sem citá-lo, afirmou que existem pessoas desatualizadas, dando ênfase à educação infantil.
“Eu acho que as pessoas estão meio desatualizadas nos números de Salvador. Recebemos a prefeitura em último lugar no Penad [Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios]. Hoje ocupamos o 1º lugar na oferta de educação infantil, que praticamente universalizamos”, assegurou, sem mencionar a educação fundamental 1 e 2.
Sobre a atenção básica, ele embasou-se nos dados do censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que vem rebatendo.
“E, na cobertura da atenção básica, se você considerar que o IBGE está certo. Ao meu ver, uma cidade que tem 2,400 milhões de habitantes, se for considerar esse dados, já estamos com 72% de cobertura. É mais do que preconiza o Ministério da Saúde, que são 70%. Se você considerar os dados anteriores, nós estamos na casa de 63%. Mas é bom lembrar que nós pegamos com 18%, e eu não preciso falar quem é que ficou à frente da gestão de saúde que vocês lembram muito bem”, criticou, referindo-se supostamente ao ex-secretário de Saúde do ex-prefeito João Henrique, o médico Luiz Eugênio Portela, que em 2015 foi nomeado assessor especial do então chefe da Sesab, Fabio Vilas-Boas.
Informações dão conta de que Eugênio é ligado ao conselheiro do Tribunal de Contas do Municípios (TCM). Ele deixou a prefeitura a reboque de um dos mais rumorosos escândalos da gestão de João Henrique: o assassinato do servidor Neylton Souto da Silveira nas dependências da sede da secretaria, no Comércio, em 6 de janeiro de 2007.
Por fim, Bruno Reis ainda afirmou que não defendeu que o governador implementasse uma intervenção militar, mas pedisse reforço da Polícia Federal, do Exército para que agissem de forma conjunta com as polícias Civil e Militar.
“Primeiro eu acho que o governador seguiu o meu conselho. Eu disse que se fosse governador, sob a minha liderança pediria reforço efetivo da Polícia Federal, do Exército e iria levar paz e tranquilidade para as comunidades de Salvador. E, eu acho que de certo forma, a partir do momento que a PF está atuando conjuntamente com as polícias Militar e Civil e, o Exército também de alguma forma acompanhando, isso está sendo feito”, concluiu.