O presidente do Sindmetro, Mário Cléber conclamou pela abertura do diálogo com o Governo estadual, pois não tem como controlar os trabalhadores
Um protesto com cerca de 200 dos 530 rodoviários que cobram indenizações das empresas BTM, VSA e Linha Verde, ocorre na manhã desta quinta-feira (3), em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). O confronto em que a polícia teria utilizado bombas de efeito moral ao tentar desobtruir a via, resultou em trabalhadores feridos. Teria havido confronto entre os agentes e os manifestantes.
A manifestação que teve início na altura do Max, da Estrada do Coco, está nesse momento na estação do metrô do aeroporto internacional de Salvador.
Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários da Região Metropolitana [Sindmetro], Mário Cléber Costa, apesar de uma nova audiência estar prevista para ocorrer em 10 dias com acompanhamento da Justiça do Trabalho, hoje o sindicato foi surpreendido com o ato dos trabalhadores. Ele, no entanto, ao reforçar que desde o início do movimento paredista o Governo do estado ainda não ter se manifestado, conclamou pela abertura do diálogo.
“Nós não temos como conter os trabalhadores, que é a parte mais fraca do processo. E, conclamamos ao Governo do Estado que se sensibilize e abra o diálogo com a categoria, com o sindicado, de forma a colocar um fim nesse impasse com os recursos oriundos da chamada PEC das Empresas, instituída no ano passado, para socorrer as companhias prejudicadas pela pandemia da Covid-19. E que o que ocorreu hoje não volte a se repetir”, lamentou.
Costa reitera que existiu quebra de acordo por parte do Executivo estadual, que se comprometeu a realizar os pagamentos até o último dia 20 de julho, em uma negociação que ocorre há 18 meses.
Após dois dias de paralisação, dia 25 os rodoviários, em decisão consensual com o Sindmetro, suspenderam o movimento paredista, por entenderam que não fazia sentindo continuar com a paralisação com 50% da frota em horário de pico (das 5h às 9h e das 17h às 19h) e 30% nos demais horários, por determinação do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região (TRT5).