Paulo Carneiro diz que já comprou desembargador e fraudou doping de atleta ‘maconheiro’

Esporte

Em live, ex-presidente do Vitória afirmou ter desembolsado R$ 600 mil para magistrado em ação contra a CBF e a TV Globo; veja vídeo

O ex-presidente do Vitória, Paulo Carneiro, afirmou ter comprado um desembargador por R$ 600 mil em uma ação que ajuizou contra a CBF e a TV Globo para garantir a realização da Copa do Nordeste, em 2003. Ele fez a revelação na noite desta terça-feira (23), em entrevista ao canal Zona Mista, no YouTube.

Segundo Carneiro, o torneio regional estava sob risco de não acontecer, uma vez que dirigentes de times como Fortaleza, Santa Cruz e do Náutico tentaram boicotá-lo. À época, o Leão sagrou-se campeão do certame ao bater o Fluminense de Feira.

“Aí eu entrei com uma ação contra a CBF e contra Globo. Peguei um advogado no Rio, meu amigo Pedro Paulo Magalhães, e eu comprei um desembargador no Rio por 600 mil”, disse o ex-mandatário.

Ao perceber que se tratava de uma transmissão ao vivo, Carneiro afasta o microfone e pede à produção do programa que o trecho seja retirado do ar. A gravação então é interrompida.

Em outro momento da live, o ex-dirigente afirmou ter fraudado um exame antidoping para “salvar” o hoje ex-jogador Matuzalém, a quem chamou de “vagabundo” e “maconheiro”.

“Aí eu subi a escada atrás de Matuzalém, que o cínico era o Matuzalem, vagabundo. Já troquei até urina para salvar o doping dele, que ele era maconheiro”, narrou Carneiro, ao falar sobre um suposto flagrante na concentração do clube.

Matuzalém jogou no Leão entre 1997 e 1999 e se transferiu para o futebol italiano. No país europeu, passou por clubes tradicionais como Parma, Napoli e Lazio. Ele encerrou a carreira em 2018.

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